terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Estes são dois vídeos interessantes, encontrados aleatoriamente no YouTube, sobre adaptações de histórias em quadrinhos para os cinemas

PARTE 1


PARTE 2

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Qual o melhor e o pior ?

Então, galera

para vocês, qual a melhor adaptação ? E a pior ? Essa questão é importante pois poderemos, além aprofundar nossa análise, fazer alguns posts relacionados a isso.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

V de vingança - estratégia de marketing

Bem, momento do lançamento da versão cinematográfica da obra de Alan Moore foi oportuna por vários motivos. A questão da manipulação midiática, tratada na HQ é uma delas. O terrorista-herói que luta contra um sistema hegemônico é outra. Mas, além disso, é oportuno também para algo além da narrativa.
Certo que, apesar de se tratar de uma HQ famosa, as vendas estavam paradas e quase esquecidas. Apenas os fãs lembravam e comentavam sobre V e Evey. Com o sucesso dos cinemas, obra bem produzida nos moldes hollywoodianos, divulgada em várias mídias, as vendas da HQ cresceram absurdamente. E os preços das mesmas também.
Surgiu a nova edição, única, que engloba todos os números da série. Então, por mais diferente que seja a versão do cinema em relação aos quadrinhos, a relação mercadológica é evidente.

Senhor dos Anéis – produto multimídia


A trilogia ‘’Senhor dos Anéis’’ abriu o caminho para algo que não tinha tanta força como tem agora: as inúmeras e mega-produções de adaptações literárias. Não que não existisse antes, mas a quantidade é absurdamente maior. Até mesmo no Brasil já é uma prática antiga. Só pára citar exemplos: 1916, houve a filmagem de ‘’O Guarani’’ e em 1918 de ‘’Iracema’’, obras literárias brasileiras famosas de José de Alencar.
Porém, o cenário atual das adaptações literárias é completamente diferente. Impulsionado pelos avanças tecnológicos, a capacidade e o limite das películas são infinitos, conseguem retratar e simular de forma muito mais precisa.
O contexto contemporâneo de convergência de mídias permite o produto aparecer e ser divulgado em vários cenários. O Senhor dos Anéis é um ótimo exemplo para enfatizar este ambiente.
Primeiro, como trata-se de uma trilogia de renome, grande investimento, grande número de fãs, forte marketing e produção hollywoodiana de ponta, conseguiu combinar vários fatores importantes para o sucesso midiático.
Segundo, a divulgação em mídias como: livros, cinema, tv, Internet e jogos eletrônicos diversos, conseguiu preencher toda, ou quase toda, a demanda midiática possível. Talvez, não apenas preencher, mas criar novas possibilidades de divulgação.
O sucesso de Senhor dos Anéis fez os investidores e produtores perceberem que as adaptações são extremamente lucrativas e bem-sucedidas. Atualmente, a quantidade de filmes transportados dos livros para o cinema é absurda. Mesmo alguns sendo toscos e mal produzidos, conseguem atingir margens de lucros notáveis.
Este artigo tem como objetivo a seguinte proposta: analisar e debater o atual ‘’momento’’ das adaptações literárias como convergência midiática e vários de seus desdobramentos.

V de Vingança – fidelidade e coisas afins

Bem, muita gente gostou dessa adaptação, muitos também não gostaram. Fato que nunca existirá 100% de felizes e contentes com um filme, ainda mais quando estamos falando de uma obra com milhares de fãs.
Quando uma HQ de relativo sucesso, como é o V de Vingança, de Alan Moore, é transportada para outra mídia, no caso o cinema, naturalmente acontecem mudanças. Nesse caso, os fãs reclamaram, principalmente, da relação entre V e Evey. Na HQ, era preponderantemente uma relação entre mestre e aprendiz. No cinema, a relação afetiva foi priorizada, deixando a questão do aprendizado de lado.
Outro problema foi o encurtamento da obra. A série de vários capítulos foi transformada no filme de cerca de 2 horas. Será mesmo que uma imagem vale mais do que mil palavras ? Essa situação prova que nem sempre acontece isso, na verdade, as perdas são inevitáveis.
Então, como os olhos do diretor e a pressão midiática do cinema conseguiram construir trabalho capaz de agradar a todos ? Provavelmente não há resposta para isso, talvez o V de Vingança nem seja o melhor exemplo (já que existem outras obras que sofreram críticas bem mais severas). Mesmo assim, justificarei a escolha do V de Vingança mais adianta, em outro post.


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Imagens de Oldboy

Com este texto não pretendo analisar o filme Oldboy, como fazem tantos outros blogs dedicados ao cinema. Pretendo discutir a forma das adaptações de obras literárias ou games para o cinema. No caso de Oldboy a obra original foi um mangá (quadrinhos japoneses).
Oldboy antes de qualquer coisa é um filme marcante, a narrativa conduz o espectador por caminhos inimagináveis da vingança. O filme começa quando o beberrão Oh-Dae-Su é sequestrado e fica preso durante quinze anos em um quarto isolado, sua única companhia é uma televisão que também tem o papel de calendário. Ao sair da prisão Oh-Dae-Su quer vingança, já que ficou preso por anos sem saber o motivo, sua mulher foi morta para que ele fosse culpado, não saber o paradeiro de sua filha. Tudo em Oldboy é muito bom, a direção, atuação, trilha sonora, mas o que mais me chama a atenção foi o cuidado que Jeong -hun Jeong teve com a fotografia do filme.
Posso afirmar com certeza de que dos vários filmes que já vi que se basearam em HQs, mangás para a composição da obra, Oldboy é um dos poucos senão o único que conheço que tem a fotografia feita a partir dos enquadramentos de um mangá. A cada sequência o espectador tem a impressão de estar folheando um mangá, cada cena foi trabalhada com a iluminação necessária e a dramaticidade que tanto encanta na Nona arte.